Sabe aquela frase clichê que “não existe caminho para a felicidade; a felicidade é o caminho”? No Negócio Minimalista acreditamos em algo parecido. Mais importante que o destino final é o processo que se vivencia.
Foco no processo é saber nossa intenção com cada atitude, sem nos precipitar em ter controle sobre o resultado. Afinal, ter controle sobre qualquer situação é uma ilusão. Ao invés de ter como missão “se tornar a maior empresa de tal coisa do mundo”, tenha como intenção “realizar seu trabalho todos os dias com dignidade”, “possibilitar um ambiente de trabalho respeitoso”, “atravessar as crises com sabedoria”, ou “realizar pelo menos 1 atividade que te faça feliz e 1 atividade necessária por dia”.
Intenções elevadas seguidas de ações objetivas geram resultados positivos. Focar no processo é o equilíbrio entre saber onde se quer chegar e deixar que o universo te surpreenda.
Diferente do empreendedorismo convencional, que visa tanto os números, no Negócio Minimalista olhamos para o todo e nos aprofundamos na qualidade. Portanto, como um empreendedor minimalista, é importante que você não seja seduzido simplesmente por números.
Entenda a fundo o que esse número quer dizer e avalie cautelosamente se você realmente precisa atingir números maiores, tanto pelo bem do seu negócio, quanto para manter a rotina que você deseja.
O conceito do minimalismo se baseia em eliminar excessos e manter o essencial. Mas crescemos ouvindo o oposto disso, como se sinônimo de sucesso fosse ter sempre mais.
Para ser um empreendedor minimalista, é ideal que você aprenda a dominar seu ego e silenciar julgamentos externos, estabelecendo sua própria definição de sucesso e indo em busca dela. Se sempre deixarmos o ego dominar, nossa fera interior nunca se dará por satisfeita.
Por isso o primeiro ponto do texto, o autoconhecimento, é tão importante. Ao nos conhecermos, ganhamos também a autoconfiança necessária para sustentarmos nossas escolhas, com todas suas consequências, e mirarmos no parâmetro de sucesso que nos faz felizes.
Existe um termo em inglês para pessoas que sabem otimizar os recursos que já têm em mãos: resourceful. Em português, podemos chamar essa pessoa de engenhosa. Essa é uma das principais características do empreendedor minimalista. Além de ser necessário fazer pelo menos um pouquinho de tudo, é importante ter uma visão ampla de todos os recursos que tem em mãos, até aqueles que não são tão óbvios.
Com frequência seu negócio vai pedir por soluções simples, ágeis e baratas, e você terá que fazer uso das ferramentas, pessoas e habilidades que já estão por perto.
Pensei por muito tempo qual nome dar a esse tópico, e desapego ainda não é o que eu gostaria de escrever. Afinal, dizer que alguém é desapegado pode remeter a indiferença ou desprendimento, e não é isso que quero dizer. Um empreendedor minimalista é, sim, muito apegado ao estilo de vida que deseja levar. Tão apegado que desenvolve um negócio para dar suporte à vida desejada.
Mas quando falamos de desapego e abundância, logo associamos a dinheiro e enriquecimento. Eu acho o conceito de se enriquecer muito relativo, pois cada pessoa tem um parâmetro de comparação. Isso nos leva a discussões muito mais profundas sobre oportunidades, desigualdade social e meritocracia, tão importantes quando falamos de empreendedorismo em um país como o Brasil.
Por ora, se o maior objetivo com seu negócio é expandir seus ganhos financeiros, ou vendê-lo posteriormente por uma fortuna, há várias outras metodologias que podem te ajudar.
O empreendedor minimalista entende qual é o valor ideal para viver com conforto, prazer e segurança diante dos seus parâmetros, e alinha isso com a abundância de criatividade, propósito e paz que busca em sua vida. Ele entende que dinheiro é essencial mas que enriquecimento vai muito além da conta bancária.
Temos o equivocado hábito de colocar tudo e todos em caixinhas. Você só é um empreendedor minimalista se checa todos os campos acima? Claro que não!
O próximo ponto para um empreendedor minimalista é desaprender a julgar. Mesmo dentro de grupos, nossa tendência é ranquear quem é mais ou menos algo: ela não é tão feminista se fala tal coisa; ela não leva uma vida tão minimalista se tem tais móveis em casa; ela não é tão caridosa se comprou tal carro; ele não é tão pobre ou tão rico se usa tal roupa. Quando foi que nos tornamos tão pretensiosos, exigentes, e intolerantes?
Cada pessoa vem de um contexto. Cada indivíduo vivenciou algo único. Nossas prioridades são diferentes, a forma como absorvemos a mesma informação é diferente. É justamente de quem nos coloca nessas caixinhas cheias de rótulos que o Negócio Minimalista quer fugir.
Portanto, se você quer um Negócio Minimalista para viver só com uma mochila nas costas rodando o Brasil de carona, ótimo! Se é para pagar o curso de inglês do seu filho e o plano de saúde da sua família, lindo! Se é para ter a piscina e o jardim que sempre sonhou, maravilhoso!
A verdade é que nem deveríamos precisar do termo empreendedor minimalista, ou negócio minimalista. Damos nomes aos bois para facilitar nosso discurso, mas tudo isso é apenas uma junção de ideias, com as quais você pode concordar ou não, testar ou não, gostar ou não. Mais para frente mudar de ideia se for o caso. E, no melhor cenário, pode ser que alguma dessas ideias te ajude a ter uma vida ainda mais plena.
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A busca pelo suficiente.
Um negócio minimalista visa o suficiente para proporcionar o estilo de vida que sua equipe deseja. Esse é o caso da estruturação da BemTeVi.
Se você acredita que tão importante quanto ter um negócio rentável é garantir sua liberdade e equilíbrio, o negócio minimalista pode fazer sentido para você.